O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta terça-feira (17/6), a acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o general Braga Netto, ambos réus na ação penal em torno de uma suposta trama golpista. A acareação foi pedida pela defesa de Braga Netto, como antecipou o Metrópoles, na coluna da Andreza Matais.
Na sua delação, Cid afirmou ter participado de uma reunião com o general para discutir o chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”. Também declarou que Braga Neto lhe entregou dinheiro para ser repassado ao major De Oliveira, com o objetivo de financiar as operações do plano.
A defesa de Braga Netto contesta as declarações e alega que Cid, como delator no inquérito, não apresentou provas de acusações feitas contra o general.
“Sem a acareação, restaria a esta defesa a produção de provas negativas, algo tão inadmissível quanto impor ao requerente o ônus de fazer prova sobre as acusações feitas contra si”, afirma o advogado José Luis Oliveira Lima.
Braga Netto está preso desde dezembro por decisão do Supremo. Ele é acusado deser um dos articuladores de um plano de golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022 para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.