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Rio Melchior: poluição tem causado erupções em crianças, diz deputada

O Metrópoles entrevistou, nesta segunda-feira (28/4), a deputada distrital Paula Belmonte. Durante o bate-papo, a parlamentar comentou sobre a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa (CLDF) que apura os responsáveis pela degradação no Rio Melchior e adiantou os próximos passos da CPI.

“Faremos visitas in-loco. […] É um direito que nós temos”, disse a deputada, se referindo as áreas que circundam o rio.

Ao longo da entrevista, Belmonte destacou a gravidade da contaminação do Melchior e como isso impacta na vida de comunidades locais. “A questão do rio é um um assunto que eu venho acompanhando desde 2019, quando eu ainda era deputada federal”, disse a distrital.

“Ano passado, recebemos denúncias no gabinete [informando] que nas comunidades ribeirinhas, crianças estão cheias de erupções na pele. Muitas [crianças] com 2 anos de idade, já nascem com dentes cariados”, declarou Belmonte, vinculando a situação sofrida pelos menores à contaminação no Rio Melchior.

A distrital lamentou, ainda, a ausência dos membros da CPI em reuniões e aproveitou para dizer que tomará providências caso o comportamento dos parlamentares permaneça o mesmo.

Veja a entrevista completa:

Em 24 de abril, ocorreria a terceira reunião da CPI. Contudo, o encontro foi cancelado devido a ausências de alguns deputados membros da comissão.

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A deputada distrital Paula Belmonte

FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Paula é presidente da CPI da CLDF que investiga responsáveis pela degradação do Rio Melchior

FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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A distrital concedeu entrevista ao Metrópoles na segunda-feira (29/4)

FOTO: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Termelétrica

Devido ao não comparecimento dos distritais, requerimentos não puderam ser votados, como um convite para que a empresa Termo Norte Energia preste esclarecimentos sobre a possível instalação de uma Termelétrica no DF.

Ao portal, a parlamentar esclareceu o motivo do convite: “A termelétrica vai pegar a água para se resfriar e vai devolver outra água para o rio. Vamos dizer, ela pega esse copo [cheio] com água e entregará metade disso. Então ela diminui o fluxo do rio. […] O outro ponto que nos traz muita preocupação é que, como entregará uma água resfriada, a temperatura ficará diferente, com quatro graus a mais”.

“Um grau, dois graus faz a diferença. Imagine isso para a população hídrica. Os peixes vão morrer porque o rio ficará mais quente. A proliferação das bactérias e dos fungos que estão ali devido a poluição, vai aumentar. Então, a termelétrica virou um ponto importante na CPI”, pontuou.

Recomendações após fim dos trabalhos

Durante a entrevista, Paula Belmonte falou sobre recomendações após a finalização dos trabalhos da CPI e mencionou ações adotadas pelo governo de Santa Catarina para solucionar problemas como contaminação do solo.

“Santa Catarina [por exemplo] faz o manejo desse resíduo sólido que nós estamos falando de uma maneira muito mais sustentável. Aterro sanitário é coisa do passado e nós estamos falando da capital federal. A nossa intenção é fazer com que o errado seja denunciadas, mas [também] que possamos trazer soluções para a população”, disse.

“Aqui no Distrito Federal, nós temos 198 mil famílias em extrema pobreza. Nós não podemos fazer com que essas pessoas sejam jogadas embaixo do tapete. Essa é a nossa responsabilidade: fazer com que essas pessoas tenham dignidade, que a água potável chegue nelas, que o esgoto chegue nelas, porque tudo isso tem um impacto na saúde, na segurança pública”, finalizou Belmonte.

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