Search
Close this search box.

PM que torturava vítimas foi candidato e usava santinho de Bolsonaro

O sargento da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Hebert Póvoa, preso nessa sexta-feira (28/11) por integrar uma quadrilha especializada em agiotagem, extorsão e violência contra devedores, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2024, em Luziânia, no Entorno do DF.

Ele usou amplamente a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha. À época, apresentava-se como figura “moralista”, “anticorrupção” e promotora de valores conservadores.

Leia também

  • Na Mira

    Amor e cassetete: o lado oculto e selvagem de advogada e PM presos
  • Na Mira

    Saiba qual foi o último post de PM e advogada antes de serem presos
  • Na Mira

    Quem é o PM líder de quadrilha e a advogada que torturavam vítimas
  • Na Mira

    PMs e advogada torturavam vítimas de extorsão com taco de baseball

A prisão de Póvoa fez parte de uma operação conduzida por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia, que resultou na detenção de seis investigados.

Vídeo:

Organização criminosa

Entre eles, além do ex-candidato, estão dois outros policiais militares, dois civis e a advogada Tatiane Meireles, esposa do líder da organização criminosa.

A denúncia que levou às prisões foi feita pela própria Polícia Militar do Estado de Goiás, que alertou as autoridades sobre o esquema criminoso.

As investigações revelam que o grupo atuava de forma organizada, utilizando violência física para cobrar dívidas. Em vídeos obtidos pelos investigadores, vítimas aparecem ajoelhadas no chão, chorando e resmungando de dor enquanto são agredidas com chutes, socos e golpes com taco de baseball.
Imagens: 

6 imagensSegundo a denúncia, o policial e a esposa dele torturavam e agrediam vítimas Herbert Póvoa é policial militar e foi preso em uma operação da PCGO nesta sexta-feira (28/11)Tatiane e Hebert eram casados e publicavam a rotina nas redes sociaisO casal e outros quatro investigados foram presos nessa sexta-feira (28/11) por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de LuziâniaTatiane Meireles é advogada e, conforme a denúncia, auxiliava nas atividades da organização criminosaFechar modal.MetrópolesPolicial Militar de Luziânia foi preso suspeito de liderar um esquema de extorsão1 de 6

Policial Militar de Luziânia foi preso suspeito de liderar um esquema de extorsão

Reprodução / Redes sociaisSegundo a denúncia, o policial e a esposa dele torturavam e agrediam vítimas 2 de 6

Segundo a denúncia, o policial e a esposa dele torturavam e agrediam vítimas

Reprodução / Redes sociaisHerbert Póvoa é policial militar e foi preso em uma operação da PCGO nesta sexta-feira (28/11)3 de 6

Herbert Póvoa é policial militar e foi preso em uma operação da PCGO nesta sexta-feira (28/11)

Reprodução / Redes sociaisTatiane e Hebert eram casados e publicavam a rotina nas redes sociais4 de 6

Tatiane e Hebert eram casados e publicavam a rotina nas redes sociais

Reprodução / Redes sociaisO casal e outros quatro investigados foram presos nessa sexta-feira (28/11) por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia5 de 6

O casal e outros quatro investigados foram presos nessa sexta-feira (28/11) por policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Luziânia

Reprodução / Redes sociaisTatiane Meireles é advogada e, conforme a denúncia, auxiliava nas atividades da organização criminosa6 de 6

Tatiane Meireles é advogada e, conforme a denúncia, auxiliava nas atividades da organização criminosa

Reprodução / Redes sociais

 

“Como funciona”

Em uma das gravações, um dos agressores grita: “Tira da casa dos outros. Aqui no Goiás você vai aprender como funciona.” Na sequência, ordena: “Levanta! Cola aqui até as 9 da noite.”

Além das agressões, a quadrilha proferia ameaças cruéis. Em outro vídeo, uma vítima tenta recuperar a lente de seus óculos e diz não enxergar. O agressor responde: “Então vai morrer atropelado.”

A advogada Tatiane Meireles, esposa do líder do grupo, não apenas prestava suporte jurídico para “blindar” a quadrilha, como também participava ativamente das sessões de espancamento. Em uma das gravações, ela aparece golpeando uma vítima com um cassetete, enquanto grita: “Levanta! Levanta o braço, porra!”

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha funcionava como uma organização criminosa estruturada, voltada para a prática de:

  • agiotagem;
  • extorsão;
  • lavagem de dinheiro.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram recolhidas diversas armas de fogo e cerca de R$ 10 mil em dinheiro vivo.

Durante a campanha de 2024, sargento Póvoa circulou pela cidade em trio elétrico fazendo ataques pessoais ao prefeito e familiares, prática que repetia nas redes sociais. Chegou inclusive a ser condenado na Justiça por tais ações.

Apesar do discurso de retidão e combate à corrupção, agora é apontado como integrante de um esquema violento de cobrança ilegal.

“Problemas psicológicos”

Outro ponto levantado pelas investigações é que o sargento havia passado um longo período afastado da corporação devido a problemas psicológicos. Ele havia retornado recentemente ao trabalho, porém ainda não exercia atividades operacionais nas ruas.

A investigação segue em andamento, e os investigados devem responder por extorsão, tortura mediante sequestro, agiotagem e lavagem de dinheiro.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Ambulante morre após ser atacado por 10 cães dentro de chácara

Um homem morreu após ser atacado por um grupo de dez cachorros, na quinta-feira (4/7),…

Ator sofre mal súbito e morre em estreia no Teatro Municipal de Osasco

O ator Vitor Eduardo Dumont Ferreira, de 25 anos, morreu na noite desse sábado (6/12)…

DF: ato com Janja e Anielle marca protestos contra feminicídios

O movimento Levante Mulheres Vivas realizou atos em diversas cidades do país, neste domingo (7/12),…