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Governo esvazia órgão inflado por Derrite que contratou firma suspeita

A Secretaria da Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) esvaziou um órgão inflado dentro da pasta pelo ex-secretário, Guilherme Derrite (PP), que chegou a ser chefiado por um amigo do então titular da pasta e contratou empresa suspeita.

Derrite deixou o cargo e voltou à Câmara dos Deputados, com objetivo de concorrer ao Senado em 2026.

A publicação no Diário Oficial que oficializa a extinção do status de unidade administrativa do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) é do dia 5/11, mesmo dia em que o deputado federal pelo Progressistas foi exonerado para relatar o PL Antifacção.

Guilherme Derrite deixou o cargo definitivamente no começo deste mês, sendo substituído pelo delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

O Metrópoles revelou no fim de fevereiro o poder que o órgão ganhou na gestão de Derrite e identificou aos menos dois contratos celebrados pela CICC com uma empresa suspeita para reformas na unidade da PM em Sorocaba, cidade do interior paulista que é um reduto eleitoral de Derrite.

A Alphapav Construções e Comércio não funciona no endereço cadastrado, em Cajamar, na Grande São Paulo, e recebeu atestado de capacidade técnica da empresa do irmão de sua única sócia, que também aparece como engenheiro responsável pela contratada –pontos que, segundo especialistas, levantam suspeitas sobre sobre os contratos de R$ 6,7 milhões. Tanto o governo quanto a empresa negaram irregularidades.

Orçamento turbinado

Amigo de Derrite, João Henrique Martins foi nomeado para chefiar o CICC em 2023, o que coincidiu com a autorização para que o órgão passasse a atuar também como uma unidade ordenadora de gastos. Martins é próximo do secretário e já atuou como consultor para documentário da produtora conservadora Brasil Paralelo.

A gestão do ex-governador tucano João Doria havia inativado, em 2019, a unidade gestora do órgão, que foi transferida para o gabinete do secretário sob a justificativa de que daria mais eficiência para que o CICC se concentrasse na sua atividade fim. Em 2023, quando o governo Tarcísio de Freitas voltou a permitir que o órgão executasse despesas, os gastos foram de R$ 5,7 milhões.

No ano seguinte, o orçamento foi atualizado para R$ 56 milhões, dos quais foram empenhados quase R$ 14 milhões. Para se ter uma ideia do poder a cargo do amigo de Derrite, o valor supera todo o empenho da Secretaria de Políticas para as Mulheres, com apenas R$ 9 milhões em 2024.

João Henrique Martins deixou o cargo em maio deste ano. Com a nova publicação no Diário Oficial, todo a gestão de orçamento que era feita pelo órgão passou para outro órgão.

Em maio deste ano, o governo criou uma nova diretoria administrativa, ligada ao gabinete do secretário, com setores especializados em finanças e orçamento, para cumprir as regras da Lei de Licitações sobre transparência, separação de funções e controle. Agora, com a nova publicação no Diário Oficial, o Centro Integrado de Comando e Controle continua existindo apenas como órgão estratégico de coordenação e inovação, mas não gerencia mais orçamento ou contratos.

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