O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, durante live neste sábado (28/6), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF) por “não ter base no Congresso Nacional” — e, com isso, consegue conquistar vitórias nas Casas Legislativas. A declaração foi feita em referência à possibilidade de o governo judicializar a decisão do Congresso que derrubou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio disse que o Brasil estava preparado para ter um presidente como o pai, mas que, na realidade, Lula “vive demandando” o STF para tentar governar.
“O Lula é anacrônico. Parou no tempo. Ele acha que ainda pode ter o monopólio da grande mídia e, por isso, quer tanto censurar as redes sociais. Também acredita que pode comprar deputados e senadores com emendas parlamentares. Mas esse tempo passou. As emendas agora são impositivas, e o governo não consegue mais obrigar um parlamentar a votar a favor de uma proposta ruim em troca de emenda liberada”, criticou Flávio durante a live, considerada um “esquenta” para a manifestação que Bolsonaro convocou para este domingo (29/6) em São Paulo.
O senador também afirmou que o pai vem sendo perseguido e citou uma pesquisa segundo a qual parte da população tem vergonha do STF. “Eu não falo isso com felicidade. Entre os eleitores do Lula, 36% dizem ter vergonha do STF. E entre os que dizem que não têm vergonha, muitos aplaudem a perseguição que o presidente Bolsonaro vem sofrendo”, declarou.
Ato de Bolsonaro na Paulista
Aliados do ex-presidente se reunirão neste domingo na Avenida Paulista, em um ato em apoio a Bolsonaro. A manifestação ocorre em meio ao andamento da ação penal que investiga integrantes do antigo governo por uma suposta trama golpista para mantê-lo no poder.
Com o lema “Justiça Já”, bolsonaristas devem criticar o julgamento de Bolsonaro no Supremo e outras decisões recentes da Corte, como a que declarou a inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet — considerada por críticos uma medida que abre caminho para a regulação das redes sociais.
O Metrópoles transmitirá a manifestação ao vivo no canal do portal no YouTube, a partir das 13h.
