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Ex-médico acusado de queimar a mãe viva em Águas Claras vai a júri

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que o ex-médico Lauro Estevão Vaz será julgado por um júri popular. Lauro é acusado de provocar o incêndio no apartamento da própria mãe, Zely Alves Curvo, de 94 anos, em maio de 2024.

De acordo com a decisão do juiz André Ribeiro, Lauro cometeu o crime “com o emprego de fogo e contra ascendente”. Agora, o ex-médico seguirá preso e aguardará a data do júri.

O incêndio que matou Zely, moradora no Residencial Monet em Águas Claras, foi provocado por Lauro em 31 de maio de 2024. Declarações de testemunhas e o laudo pericial criminal elaborado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) revelaram que as chamas iniciaram no quarto em que a idosa estava acamada.

Ainda segundo o processo, quando as chamas foram extintas, o corpo de Zely estava carbonizado. Lauro, que chegou ao local próximo ao meio-dia, olhou o corpo da mãe e depois foi embora.

Ele será julgado pelo crime de feminicídio praticado contra pessoa maior de 60 anos e em vulnerabilidade física.

“Reitero que, diante da gravidade concreta da conduta imputada ao acusado e dos outros envolvimentos criminosos deste, a manutenção da custódia cautelar se faz necessária para a garantia da ordem pública. Ademais, é preciso considerar que se trata de crime de grande repercussão na sociedade, o que deixa claro o elevado risco de que, em liberdade, o réu busque se evadir para outra unidade da Federação onde não seja conhecido.”

Em depoimento, Lauro declarou que tinha uma boa relação com Zely e cuidava dela desde de 2021. Confirmou que, em decorrência de um AVC sofrido em 2022, a mãe ficou acamada e com demências. Admitiu que deixou a idosa sozinha e com aparelhos elétricos ligados para levar a ex-namorada ao trabalho e ir à academia.

Ele ainda declarou que recebeu várias ligações desconhecidas e retornou ao apartamento devido à insistência. Após o incêndio, retornou ao apartamento para pegar carnes e roupas, mas negou ter alterado a cena do crime e alegou que não havia isolamento policial quando entrou no imóvel.

Incêndio em apartamento

Lauro passou a ser investigado após Zely morrer em um incêndio no apartamento onde a vítima morava com o filho. A idosa estava sozinha em casa no momento do incêndio.

Em maio de 2023, Zely ficou internada no Hospital Militar da Área de Brasília (HMab), devido a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido quatro meses antes. A unidade de saúde deu alta para a idosa, mas Lauro se recusava a levá-la para casa. Em uma das visitas do ex-médico à mãe, ele se exaltou, a polícia foi chamada, e ele acabou detido.

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Zely Alves Curvo, 94 anos, morreu em incêndio no Residencial Monet, em Águas Claras

Reprodução

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Crime ocorreu na manhã de 31 de maio de 2024

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Vítima tinha 94 anos e estava acamada

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Vítima morava no apartamento com o filho, o ex-médico Lauro Estevão Vaz

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Ele não estava no imóvel no momento do incêndio

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Devido às chamas, dois andares do condomínio precisaram ser esvaziados

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Animais de estimação também precisaram ser resgatados

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Ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

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Ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF)

Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

Cassação por abuso sexual

Lauro é médico ginecologista. Ele foi condenado em primeira e segunda instâncias após ser acusado por duas pacientes de tocá-las indevidamente durante exames clínicos, entre 2009 e 2010, no Centro de Saúde nº 1, em São Sebastião (DF).

À época, uma delas tinha 17 anos e estava grávida. Ele também teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).

 

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